Petição entregue em Phnom Penh e em Berlim

15 adolescentes em pé, à frente do prédio do Ministério do Turismo e a segurar, diante da câmera, uma faixa na qual consta: „Koh Kong Island deve se tornar parque nacional marítimo“ Grupo de adolescentes Mother Nature Cambodia quando da entrega da petição, em frente ao Ministério do Turismo. Na faixa, está escrito: "Koh Kong Island deve se tornar parque nacional marítimo“ (© Mother Nature Cambodia) 6 pessoas diante dos alambrados do prédio da Embaixada, segurando faixas com as inscrições ”Rettet den Regenwald” e “Salva la Selva” com o tucano-símbolo da associação “Salve a Floresta” entrega a petição na Embaixada do Camboja em Berlim (© Sanz-Hess)

20 de jul. de 2023

“Salve a Ilha de Koh Kong!” - Esta reivindicação foi apoiada globalmente com as assinaturas de mais de 133 mil pessoas em 176 países. Em uma ação conjunta com a “Mother Nature Cambodia” e “Salve a Selva”, nossa petição foi entregue ao governo no Camboja e à sua embaixada na Alemanha.

De camisetas azul-marinho e com os braços pintados de verde. Foi assim que os 17 estudantes do grupo juvenil “Mother Nature Cambodia (MNC)” manifestaram-se - com um megafone e a petição na mão - pelas ruas de Phnom Penh. O objetivo deles era o Ministério do Turismo e Meio-Ambiente, bem como a residência oficial do Primeiro-Ministro. Isso para obter o máximo possível da atenção pública em prol da proteção da maior ilha do país. “Koh Kong Island deve se tornar parque nacional marítimo “, está escrito na faixa deles.

“Com os nossos braços verdes, queremos mostrar que lutamos pelos nossos recursos naturais - e em especial por Koh Kong Island“, diz Phuon, que é ativista do MNC.

Video da Mother Nature Cambodia sobre a sua ação pela proteção de Koh Kong Island. O vídeo foi rodado em Khmer, a língua oficial cambojana.

Já faz cerca de 10 anos que “Salve a Floresta” apoia a Mother Nature Cambodia em suas campanhas espetaculares e muito frequentemente, exitosas. Em setembro de 2020 nós iniciamos, em conjunto, uma petição pela proteção da maior ilha do Camboja – a qual, até agora, já foi assinada por mais de 133.600 pessoas. A petição é dirigida ao chanceler Hun Sen, bem como ao Ministro do Meio-Ambiente e Turismo.

Isso porque o governo havia anunciado em junho de 2019, que queria “desenvolver” a ilha - sobretudo, entregando-a para o turismo de luxo. Esta tarefa o governo transmitiu para o influente grupo empresarial L.Y.P., junto com uma concessão de uso de Koh Kong Krao, como se chama a ilha na língua oficial cambojana. Planos exatos não foram publicados.

Ao mesmo tempo, o Ministério do Meio-Ambiente havia anunciado que declararia a ilha, em 2021, como parque nacional marítimo. No entanto, até agora, segundo a ativista Phuon, esta área de proteção ambiental não foi criada, tendo falhado todas as tentativas de obter respostas sobre os planos do governo.

Primeiro objetivo do grupo de ativistas: o Ministério do Turismo. Lá eles ouviram que o ministério seria incompetente para tanto. No Ministério do Meio-Ambiente e na sede oficial do Primeiro-Ministro, a resistência foi ainda maior. “Fomos ameaçados e acusados de agir ilegalmente”, disse Phuon.

Reiteradamente os membros do MNC são ameaçados e presos, simplesmente por exercerem os seus direitos civis. Seis deles foram soltos após terem pago fiança, e eles estão ameaçados de sofrerem pena de prisão.

Eles continuam em ação - mas o desespero deles é patente, conforme mostra o vídeo. “Quando deixamos a sede da residência oficial do Primeiro-Ministro, muitos de nós choraram”, diz Phuon. Mas de uma coisa ela tem certeza: Esta petição vai produzir efeitos, tanto no Camboja quanto internacionalmente. Mesmo que esteja ficando cada vez mais difícil para a(o)s ativistas do Mother Nature Cambodia entregar petições ao governo.

Entrega em Berlim

Simultaneamente, a equipe de “Salve a Floresta” entregou a petição na Embaixada do Camboja em Berlim. “Anunciamos nossa chegada e logramos explicar aos funcionários da Embaixada do que se tratava”, diz Marianne Klute. No entanto, eles não quiseram receber a nossa petição. Por isso, acabamos enviando um e-mail à Embaixadora Savny Phen, pedindo que ela a reencaminhasse para o governo do Camboja”.

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