Pastor de rebanho na Tanzânia, Massai Os Massai são seminômades e vivem da pecuária (© Patrick Sertore) Os Massai são um dos povos mais conhecidos da África Oriental. Grande parte da terra Massai foi declarada área de proteção ambiental (© hadynyah/istockphoto.com) Zebras e Gnu in no Parque Nacional Serengeti, Tanzânia O Serengeti e a Cratera de Ngorongoro são famosos por conta dos grandes rebanhos de animais (© Istockphoto) Girafas-Masai na Reserva de Selous A girafa Massai (Giraffa tippelskirchi) é uma espécie própria (© nyiragongo/istockphoto.com) Guepardo em Serengeti O guepardo (Acinonyx jubatus) é o animal terrestre mais rápido do planeta (© CC BY-SA 3.0)

Uma emissora de rádio boa para as pessoas e para a natureza

A natureza no noroeste da Tanzânia é extraordinária. Para os Massai, esta benção é, ao mesmo tempo, uma maldição - e uma emissora de rádio pretende conciliar isto. Isso é urgente, pois o governo dá pouca atenção a esse povo em virtude de seu falso entendimento de “proteção à natureza”. No entanto, quem está bem informado e conhece seus direitos, pode definir o seu próprio futuro.

Visão geral do projeto

Tema do projetoPessoas

Objetivo do projeto Fortalecer os direitos dos Massai e proteger melhor a natureza

Atividades Expansão de uma emissora de rádio e das pautas do programa

Rebanhos grandes a perder de vista - de zebras e gnus, girafas elegantes, famílias de quatro elefantes, guepardos: as savanas do leste africano são, para muitos europeus, o símbolo completo da natureza intocada. Um jardim do Éden. No entanto, apesar da exuberante natureza, não é correto que ela seja “intocada": As pradarias são ocupadas por gente há muito tempo, em especial pelos Massai. Eles tocaram, sim, com toda a certeza, o seu meio-ambiente - no entanto, sem destrui-lo.

E é exatamente neste ponto que o drama começa:

A África não é apenas o “berço da humanidade”, ela é também, de certa forma, “o berço das áreas protegidas”: Alguns dos primeiros parques nacionais do nosso planeta foram criados aqui. Porém, não foram criados pela gente local, mas sim pelo colonizador, a saber, o caçador de animais de grande porte.

Pessoas versus áreas de proteção ambiental

No entanto, o que isto tem a ver com as pessoas que vivem nas savanas de Serengeti e na Cratera de Ngorongoro? De acordo com o conceito de tais áreas de proteção ambiental, essas pessoas teriam de ser deslocadas ou até expulsas.

Mais sobre a problemática das áreas de proteção ambiental pode ser encontrada na página página Nossos temas.

Os Massai da Tanzânia e do Quênia tiveram de passar por essa experiência amarga - e continuam passando. Desde sempre os seminômades viveram da pecuária e de um pouco de agricultura de subsistência. No entanto, de uns tempos para cá eles vêm sendo acusados de prejudicar a natureza por causa de seus rebanhos. Ao mesmo tempo, os pastores, em suas túnicas azuis e vermelhas, são motivos fotográficos bastante apreciados por turistas, que deixam muitos dólares no país.

Os Massai como magnéticos para turistas e ameaça

Para estimular o turismo internacional, a Ngorongoro Conservation Area, que é considerada patrimônio da humanidade pela UNESCO, deve ser, agora, ampliada. Para isso, mais de 80.000 pessoas já foram deslocadas. Na região de Loliondo, uma população de 70.000 homens, mulheres e crianças devem se retirar para dar espaço a turistas de safari e caça.  Em 2022, a situação escalou e culminou em violência. As forças de segurança partiram para cima, atirando. Organizações de proteção ao meio-ambiente e aos direitos humanos estão criticando os deslocamentos, e “Salve a Floresta” deu início a uma uma petição sobre esse tema.

A onda de violência levou o líder do povo Massai, Yannick Ndoinyo, e outros dignatários dos indígenas a refugiar-se no Quênia. Á época, nós prestamos ajuda emergencial para alojamento e alimentação. Nesse meio-tempo, Yannick já retornou à Tanzânia, onde está dirigindo, na cidade de Arusha, a organização Traditional Ecosystems Survival Tanzania (TEST). O nosso suporte, para eles, é de longo prazo.

A emissora de rádio FM Loliondo

No centro do projeto, está a emissora de rádio FM Loliondo Até agora, ela cobria, na Tanzânia e no Quênia, uma área na qual vivem 200 mil pessoas. Se for aplicada uma técnica melhor, o raio de cobertura da emissora poderia aumentar e ser ouvido por até 3, 5 milhões de pessoas. A área de emissão, então, estaria compreendida entre o Lago Victoria e Kilimandscharo. Desde 2008, a emissora tem se ocupado com uma pauta de temas multicoloridos como direitos das mulheres, saúde reprodutiva e educação ambiental. Agora, a área de concentração vai girar em torno do tema “terra”.

O programa que está sendo planejado baseia-se no jornalismo cidadão. Em especial, planeja-se dar voz à mulheres, adolescentes, crianças e idosos, com seus pontos de vistos e participação em debates. “Clubes de ouvintes” devem divulgar o programa para angariar mais audiência e elevar a variedade dos temas.

“Nós queremos dar uma voz às muitas histórias sobre esta terra e não aos convencimentos dos Massai, mas também para melhor entender os outros agricultores, caçadores e protetores do meio-ambiente”, declara Yannick Ndoinyo. “Nas almas dos pastores, o respeito à terra e ao animal está profundamente arraigado."

“Pessoas e animais selvagens tem de ser capaz de viver em harmonia em nossa terra - assim como os nossos antepassados fizeram desde sempre“, diz Mshao Naingisa, um tradicioanl líder do povo Ololosokwan, às margens do Serengeti. “O nosso objetivo é criar a paz permanente em Loliondo”.

Se quer dar suporte ao povo Massai na Tanzânia, escolha, por favor, doações na área “área de doação: Gente”.

Inscreva-se aqui agora para receber a nossa newsletter.

Continue informado e alerta para proteger a floresta tropical, continuando a receber a nossa newsletter!