Deutsche Bank ameaça tigres

Três tigres jovens bebendo Tigres precisam de reservas enormes para encontrar suficientes presas. Foto: D. Mukherjee/Greenpeace (© Dhritiman Mukherjee/Greenpeace)
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O tigre na Índia está ameaçado. Para enormes minas de carvão, a empresa “Coal India” quer abater mais de um milhão de hectares de floresta diretamente adjacente às reservas dos tigres. O Deutsche Bank ajuda a empresa a encontrar o dinheiro necessário para as minas previstas. Por favor, assinem nossa carta ao Deutsche Bank

Apelo

Para: os presidentes do Deutsche Bank, Senhor Jürgen Fitschen e Senhor Anshu Jain

“Ajudem a proteger o tigre em vez de destruir seu habitat com minas de carvão. O Deutsche Bank não deve negociar com a Coal India.”

Abrir a petição

A empresa estatal de carvão Coal India precisa de novo dinheiro para realizar seus planos ambiciosos de construir minas e contratou o Deutsche Bank para isso. O banco alemão deve ajudar o conglomerado a vender ações no valor de um bilhão de dólares americanos na bolsa.

Mas a Coal India não só é o maior produtor de carvão do mundo, também é um dos piores ao redor do globo: a empresa expulsa povos tribais violentamente, destrói o espaço vital dos tigres ameaçados e até deixa trabalhar crianças.

13 minas e numerosas centrais de carvão estão previstas na Índia Central. Greenpeace Índia examinou os impactos dos projetos nos tigres. 1,1 milhões de hectares de floresta tropical devem tornar-se vítimas da extração de carvão e no mínimo dez reservas de tigres são ameaçados pelos planos de extração de carvão.

Senhor Shinde, o representante para assuntos ambientais da maior filial da Coal India reduz os problemas a uma fórmula simples: “Temos que escolher se queremos eletricidade ou tigres.” Porém, já há muito tempo, os moradores e ambientalistas indianos têm exigido que a extensão das minas de carvão termine.

Há tempo, o Deutsche Bank decidiu-se contra o tigre e pelo carvão. Os gestores bancários com fins lucrativos tinham esperado que seu apoio sem escrúpulos à Coal India poderia passar despercebido. Agora somente a pressão pública pode forçá-la a abandonar suas atividades.

Ajudem a chamar o Deutsche Bank à razão: peçam ao Deutsche Bank que termine as relações comerciais com a Coal India!

Mais informações e estudos de Greenpeace

Mais informações

O tigre-de-bengala

O tigre-de-bengala é o animal heráldico nacional da Índia. Antigamente, ele existia desde Paquistão

até todo o subcontinente indiano. Hoje corre sérios riscos de extinção. Estima-se que toda sua população abrange só 2.500 indivíduos, dos quais cerca de 1.800 vivem na Índia. A destruição dos habitats do tigre representa a ameaça principal. Por natureza, os felinos predadores são animais solitários e precisam de reservas muito grandes para encontrar suficientes presas. Mais um problema é a caça furtiva para remédios milagrosos asiáticos.

Deutsche Bank e Coal India

O Deutsche Bank é um dos maiores dadores da Coal India. Já em 2010, acompanhou a primeira cotação na bolsa da Coal India e, desde então, detém uma participação na empresa. Embora a equipe dirigente do banco anunciasse agora uma “alteração de cultura fundamental”, os negócios continuam a ser tão irresponsáveis como sempre. Então, querem organizar uma segunda cotação na bolsa para o grande pecador ambiental e climático Coal Índia.

Três outros grandes bancos internacionais participem na cotação na bolsa das filiais da Coal Índia: o Credit Suisse da Suiça assim como o Bank of America (ver a ação de protesto da Rainforest Action Network em inglês) e Goldman Sachs dos EUA.

Coal India

Com uma produção anual de 435 milhões de toneladas de carvão (2011) a Coal India e o maior produtor de carvão do mundo. A Coal India representa grandes dimensões de destruição do ambiente e uma governação empresarial irresponsável. As conseqüências para homem e natureza serão desastrosas.

A Coal India e suas sete filiais exploram 90 por cento das minas de carvão na Índia. A maior parte do carvão é extraído na região de Jharia, antigamente uma densa zona florestal e a terra natal de diferentes povos indígenas. Através das técnicas de mineração destrutivas, a Coal India transformou Jharia em ermos: sempre de novo ocorrem incêndios de carvão subterrâneos que libertam gases tóxicos e ameaçam a terra de mais de 400 mil pessoas. Aldeias e estradas inteiras tinham que ser deslocadas por causa dos fogos. A agricultura veio a ser quase impossível e muitas vezes uma vida em pobreza extrema é a conseqüência.

Dado que as restantes reservas de carvão na Índia encontram-se debaixo das últimas florestas da Índia Central, os planos de expansão não só ameaçam o espaço vital de muitas espécies ameaçadas como tigres e elefantes, mas também roubariam a base de vida dos povos tribais da região.

Também na administração empresarial, a Coal India destaca-se por uma falta de escrúpulos. Além de acusações de corrupção e nepotismo, com 246 mortos e 1087 pessoas gravemente feridas (2007-2010) a negra balança de segurança indica condições de trabalho miseráveis. Adicionalmente, o Tribunal de Contas da Índia (CAG) constatou em Setembro de 2011 que cerca de dois terços das minas da Coal India foram explorados sem permissão ambiental, então ilegalmente.

Mais informações (em inglês):

Estudos de Greenpeace:

- How Coal mining is Trashing Tigerland
- Undermining Tadoba's Tigers - How Chandrapur's tiger habitat is being destroyed by coal mining

Carta

Para: os presidentes do Deutsche Bank, Senhor Jürgen Fitschen e Senhor Anshu Jain

Prezados Senhores Fitschen e Jain,

nós estamos muito preocupados com seu plano de organizar uma nova cotação na bolsa para a empresa de carvão indiana Coal India. A Coal India é considerada como um dos maiores pecadores ambientais e climáticos do mundo. Somente em 2011, o Tribunal de Contas da Índia constatou que a Coal India explora cerca de dois terços de suas minas sem permissão ambiental. Com a cotação na bolsa a empresa quer bancar os planos de expansão que ameaçam os últimos refúgios do tigre indiano e que destruirão mais de um milhão de hectares de floresta.
Um banco que pretende atuar de forma responsável não deve participar no financiamento de uma empresa que expulsa indígenas violentamente, destrói o espaço vital de espécies ameaçadas e até deixa trabalhar crianças para si.
Eu peço-lhe urgentemente que não participem na prevista cotação na bolsa e que terminem suas relações comerciais com a Coal India. Ponham finalmente em prática sua anunciada “alteração de cultura fundamental” e introduzam normas ambientais e sociais vinculativas que excluam a cooperação com tais empresas escandalosas.

Com os melhores cumprimentos,

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