Ponham fim à mineração nas montanhas da Tanzânia

Se a floresta continua ser destruída, todo o terreno com seus 250 mil habitantes arrisca-se a secar.
56.420 participantes

A terra ao redor de Chome no norte da Tanzânia está secando, por culpa da sobre-exploração ilegal nas montanhas de Shengena, aos pés das quais fica a aldeia. Precisamente ali uma empresa duvidosa está explorando bauxita – e destrói as fontes de água da região inteira. Ajudem aos habitantes a resgatar a terra deles

Apelo

Para: O Governo da Tanzânia, Presidente Jakaya Kikwete

“”

Abrir a petição

Uma mata densa coberta as montanhas de Shengena. Ela é a base de vida para as aldeias adjacentes, o habitat de raras espécies animais e vegetais e rodeia a área de conservação florestal Chome Forest Reserve. Mas sobretudo fornece a água para toda a região de Same – até agora. Na cumeada encontra-se terra vermelha em lugar de árvores. Uma empresa duvidosa com nomes alternados está explorando bauxita aqui. Atualmente chama-se Willy Enterprise LTD.

Grandes caminhões transportam a matéria-prima vermelha para alumínio e cimento até ao vale. Especialmente para isso, a empresa deixou construir uma estrada na montanha que facilita também o acesso à floresta fértil para os caçadores furtivos e os lenhadores. A matéria-prima é levado ao país vizinho, a Quênia, e desde ali embarca-se para a Ásia.

A região inteira arrisca-se a secar se a fonte de água esgotar nas montanhas. Neste caso a agricultura seria impossível, os camponeses já se queixam agora de colheitas cada vez mais escassas. A atividade predadora ameaça destruir a base da vida deles.

A empresa de bauxita está trabalhando de forma ilegal – sem o acordo dos moradores aos quais pertence a terra segundo a lei e com um assim chamado contrato cheio de assinaturas falsificadas e formulações vagas. Desde Junho de 2012 também vai contra uma interdição estatal de exploração. Mas a atividade predadora continua.

Os moradores têm a certeza de que isto foi possibilitado pela corrupção. Alguns deles juntaram-se em um grupo de protesto mas sem a ajuda de outras eles estão indefesos perante uma empresa que compra o silêncio através de subornos. “Confiamos em Deus, porque não temos dinheiro para um advogado“, eles dizem.

Ajudem os habitantes a defender-se contra a destruição da terra deles e escrevam ao Governo da Tanzânia.

Carta

Para: O Governo da Tanzânia, Presidente Jakaya Kikwete

Prezados senhores e senhoras,

não permitam mais que em seu país homem e natureza tenham que sofrer com a avidez de recursos naturais. Façam parar a exploração ilegal de bauxita nas montanhas de Shengena no norte da Tanzânia. Ela destrói não só o ecossistema único mas também a fonte de água de toda a região de Same. Já agora os habitantes da aldeia Chome queixam-se por não terem suficiente água para manter os campos férteis. Se os senhores não põem termo a essa atividade predadora, todo o terreno
arrisca-se a secar. Neste caso a agricultura quase não seria possível, sobretudo a população rural seria privada de sua base de alimentação.

Seu governo já proibiu a sobre-exploração perto da aldeia Chome. Por que os caminhões continuam a andar das montanhas até os vales sem entraves? Os habitantes da região relatam sobre altos pagamentos de subornos, com as quais a empresa exploradora, atualmente conhecido pelo nome Willy Enterprise, amordaça os inimigos dela. A corrupção abre a porta às atividades predadoras, apesar de consideráveis defeitos formais e jurídicos:

O acordo entre os moradores e a empresa exploradora contém nomes e assinaturas falsificados. A expressão “etc.“, que deixa aberto um espaço de manobra quase ilimitado, aparece várias vezes.

Os moradores nunca deram seu acordo com o projeto e não foram integrados no planejamento em nenhum momento – ainda que a terra lhes pertence por lei.

Uma análise independente dos impactos ambientais nunca foi efetuada. Um tal estudo teria suscitado inevitavelmente uma proibição da exploração neste local. Em vez disso, a empresa está usando um certificado falsificado de uma companhia não autorizada, informa o jornal local Raia Mwema.

Além disso, segundo o jornal, a empresa não dispõe de nenhuma autorização industrial. Por isso fica também incerto se paga impostos para a extração de bauxita.

As minas abertas danificam também o ecossistema da área adjacente de conservação florestal Chome Forest Reserve que deveria, na verdade, proteger a floresta de precisamente estos impactos. Para o transporte da bauxita, até construíram uma estrada na montanha que vai facilitar agora o acesso à floresta fértil para caçadores furtivos e lenhadores.

Em solidariedade com os habitantes da região montanhosa no norte da Tanzânia peço-lhes que ponham um fim definitivo à sobre-exploração e que salvem assim a base de vida das pessoas.

Com os melhores cumprimentos,

Inscreva-se aqui agora para receber a nossa newsletter.

Continue informado e alerta para proteger a floresta tropical, continuando a receber a nossa newsletter!