Peru: Ouro destroi fontes de água

Violência policial contra manifestantes pacíficos em Cajamarca
40.691 participantes

A maior mina de ouro na América Latina destrói as fontes naturais de água no Norte do Peru – tem água somente duas horas por dia. Agora a mina vai ser expandida contra a resistência da população, e os protestos pacíficos são brutalmente reprimidos pelos militares. Por favor, exige o fim da violência e a proteção das fontes de água!

Apelo

"Hoje eles foram novamente atacados de uma forma brutal. Na praça principal os militares lançaram bombas de gás, atingindo mulheres, crianças e pedestres", escreve nos uma testemunha de Cajamarca. 

Na semana passada recebemos imagens e notícias dramáticas da região norte peruana de Cajamarca. Cinco pessoas foram baleadas pelos militares, muitos gravemente feridos e presos arbitrariamente. Pela segunda vez em seis meses o governo do presidente Ollanta Humala tem imposto o estado de emergência em três províncias e está tentando suprimir os protestos à força com a ajuda do exército.

Há 30 dias a população de Cajamarca já está lutando com uma greve geral e pacífica contra a construção da Mina Conga. A mina está localizada na origem dos rios e lagos importantes que abastecem a região de Cajamarca e a bacia do Amazonas com água. 

Para a mineração do ouro é preciso muita água e para a população não sobra quase nada. O que resta é envenenado com cianeto e outros produtos químicos. Peritos independentes lançaram uma alerta contra a Mina Conga. Se o projeto for implementado, a situação dramática vai piorar mais ainda. 

"Os protestos não têm nenhuma motivação política. Os manifestantes são famílias com crianças, mulheres, pessoas idosas, especialmente os mais pobres, porque a situação aqui é intolerável. Só tem duas horas de água por dia, e em alguns distritos não têm acesso à água durante semanas ... ", escreve a testemunha. 

O povo exige um referendo sobre a expansão da mina. Segundo a Constituição, a população tem o direito à uma voz activa. Mas o governo e as empresas querem suprimir este direito. 

Por favor, exige do governo e das empresas o fim da violência e reconhecimento dos direitos civis da população.

Mais informações

Violência brutal contra a população

Nos últimos dias, a violência se intensificou em Cajamarca. A cidade foi novamente ocupada pelos militares, que tentaram romper violentamente a greve geral na região, que começou no dia 31 de Maio 2012. O estado de emergência foi imposto nas províncias de Cajamarca, Celendín e Hualgayoc. Isto significa que os direitos civis são suspensos e o poder é assumido pelos militares e pela polícia.

As consequências são devastadoras: No prazo de três dias houve cinco mortes, eles foram fuzilados pelos militares. Outros foram presos, alguns deles gravemente feridos, e presos de maneira arbitrária. Entre os detidos estão também ambientalistas e defensores de direitos humanos internacionalmente reconhecidos como Marco Arana. Um vídeo mostra como ele é atacado brutalmente sem razão e sem aviso por um grupo de policiais, depois ele foi preso. Por causa de protestos nacionais e internacionais, Arana já foi libertado. A Cruz Vermelha Internacional enviou uma missão de observação para Cajamarca.

O projeto Conga está sendo criticado por todos os lados

Um dos pontos mais criticados no projeto Conga é que não existem estudos oficiais independentes sobre os impactos ambientais da mina. Aparentemente, houve uma análise, mas o novo ministro do Meio Ambiente Manuel Pulgar Vidal diz que os resultados  sumiram. No entanto, os estudos realizados por dois cientistas de renome internacional, falam por si mesmo. Robert Moran e Pedro Arrojo chegam à conclusão, que a mina vai contaminar as águas subterrâneas e as fontes dos rios. Eles apoiam uma moratória sobre projetos de mineração que tem um efeito negativo nas fontes naturais de água.

Mesmo que o International Finance Corporation (IFC), que está envolvido no projeto de mineração Yanacocha, sendo uma subsidária do Banco Mundial, o ex-economista do Banco Mundial Peter Koenig chega a um veredicto condenatório. O especialista do Banco Mundial em América do Sul mantém que o projeto de mineração é socialmente e ambientalmente irresponsável. Além disso Conga não é viável, porque a implementação implicaria a destruição dos recursos hídricos naturais da região.

Mineradora Yanacocha envenenou 2.000 pessoas com mercúrio

Além do IFC, a empresa Yanacocha consiste dos acionistas americanos Newmont Mining e da empresa peruana Buenaventura. A promessa de desenvolvimento econômico e de prosperidade para a região de Cajamarca até hoje não foi cumprida. Em1993, no início das atividades da mineradora Yanacochas, Cajamarca foi uma das regiões mais pobres do país. 19 anos depois, em 2012, isso não mudou.

Em 2000, Yanacocha foi responsável por um dos maiores acidentes mundiais de mercúrio. Uma empresa de transporte perdeu 152 kg de mercúrio numa rua da cidade Choropampa. 2.000 pessoas foram envenenadas e 20 pessoas morreram. Até hoje Yanacocha não assumiu a responsabilidade. O autor deste artigo descobriu na sua pesquisa que mesmo 10 anos depois, as pessoas ainda sofrem com os resultados do acidente. Um documentário premiado mostra os acontecimentos.

O governo não cumpriu suas promessas

O presidente atual Ollanta Humala foi eleito principalmente pela população mais pobre - porque ele prometeu durante a campanha eleitoral que vai defender os seus direitos e a preservação do meio ambiente. Humala anunciou que não quer a mineração a qualquer preço, e prometeu que as pessoas vão ter uma voz activa estes mega-projetos. Em novembro, ele ainda disse: "A indústria de mineração não cumpriu o seu papel social nas comunidades. Isso cria desconfiança." Mas desde o início do mandato de Humala, o número de conflitos sociais no país aumentaram.

Carta

Presidente Sr. Ollanta Humala
Plaza de Armas s/n, Lima – Lima 1
Perú
Tel.: (511) 311-3900 y (511) 311-4300

Cópia para
as embaixadas peruanas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Grã-Bretanha, o Ministério peruano de Mineração e Energia, o Ministério peruana de Direitos Humanos, a Cooperação Internacional de Finanças (IFC) Peru

Presidente da República do Peru, Sr. Ollanta Humala,

Como é bem conhecido nacional e internacionalmente, a empresa Mineira Yanacocha não tem licença democrática da população de Cajamarca para expandir a mina Conga. Mesmo assim, o seu governo deu a permissão para realizar este projeto. Estas são as razões para os protestos em Cajamarca.

O senhor prometeu durante sua campanha eleitoral que vai proteger a população contra os impactos negativos da mineração. Mas não cumpriu a promessa. Porque o seu governo está fazendo exatamente o contrário. As pessoas que protestem contra os danos da mineração estão sendo oprimidos e criminalizados. É isso que está acontecendo nos últimos dias em Celendín e Bambamarca. O resultado triste é que no mínimo cinco pessoas morreram. Eles se chamam por exemplo José Faustino Silva Sánchez e Eleterio García Díaz, morreu também o jovem Cesár Medina. Além disso, havia pelo menos 20 feridos e 15 pessoas foram presas.

Entre os presos está também Marco Arana, um ativista de direitos humanos e ambientais, que sempre defendeu seus ideais de uma forma pacífica. Ele foi gravemente ferido durante a sua detenção.

Estes incidentes mostram os custos proibitivos do projeto Conga. A mina vai drenar quatro lagoas e a falta de água terá um impacto negativo na vida do povo de Cajamarca, que entraram por isso em greve geral no dia 31 de maio de 2012.

Portanto, exorto-vos a

- libertar imediatamente todos os manifestantes detidos

- investigar os assassinatos das pessoas mortas e as violações dos direitos civis e levar os responsáveis à justiça

- cancelar imediatamente o estado de emergência nas províncias de Cajamarca, Celendín e Hualgayoc e cancelar as acusações contra os manifestantes

- acabar com a criminalização e a violência contra o povo de Cajamarca e reconhecer os direitos de seus cidadões à liberdade e expressão livre

- entrar em diálogo imediato com o povo de Cajamarca.

Para que a violência não se repita.

Tema

Ausgangslage – Schmutziges Gold

Goldvorkommen gibt es fast überall auf der Erde. 

Das kostbare Metall wird mit 55 Prozent hauptsächlich zu Schmuck verarbeitet, 25 Prozent dienen zu Spekulationszwecken als private finanzielle Wertanlage und 11 Prozent werden von staatlichen Zentralbanken in Tresoren gelagert. Die US-Regierung besitzt mit 8.134 Tonnen mit Abstand den größten Goldbestand. Die Deutsche Bundesbank kommt mit 3.369 Tonnen an zweiter Stelle. Nur etwa 8 Prozent des Goldes gehen in die der Elektronikindustrie für Handys, Laptops und andere elektronische Geräte.

Gold kann als körnerartige Goldseifen (Nuggets), die mechanisch vom Bodensubstrat getrennt werden, vorkommen. Weitaus häufiger findet sich das Edelmetall jedoch in feinsten Spuren in der Gitterstruktur der Gesteinsminerale oder als Goldstaub in den Sedimenten von Flüssen. Um das Gold herauszulösen und zu binden, werden die Gesteine zermahlen und dann mit Chemikalien versetzt. 

Im großindustriellen Goldabbau wird das äußerst umweltschädliche Zyanid-Lauge-Verfahren angewandt. Um eine Tonne Gold zu fördern, müssen durchschnittlich 150 Tonnen Zyanid eingesetzt werden. Bereits wenige Milliliter davon sind tödlich für den Menschen.

Das Quecksilber-Verfahren kommt häufig bei Kleinschürfern zur Anwendung. Die goldhaltigen Erze werden zunächst stundenlang im Wasser gesiebt, bis der Goldstaub im Bodensatz konzentriert ist. Dieser goldhaltige Gesteinsschlamm wird dann mit Quecksilber gemischt, das mit dem Gold eine flüssige Legierung (Amalgam) eingeht. Diese Legierung wird erhitzt, das toxische Schwermetall verdampft und übrig bleibt reines Gold. Schutzanzüge gegen das Nervengift oder Rückgewinnungsvorrichtungen für das verdampfende Quecksilber sucht man beim Goldabbau durch Kleinschürfer oft vergeblich. Lukrative Geschäfte mit dem Edelmetall machen vor allem Kapitalgeber, Transportunternehmen und Chemikalienhändler. Menschen und Natur leiden unter dem Goldabbau.

Auswirkungen –Toxische Wüsten statt artenreicher Regenwälder

Durch Zyanid und Quecksilber werden Böden und das Grundwasser auf ewig verseucht. Selbst wenn Goldminen stillgelegt werden, gibt zyanidbehandeltes Gestein viele Jahrzehnte später giftige Schwefelsäuren ab.

Der industrielle Goldabbau benötigt zudem Unmengen an Wasser. Das kontaminierte Wasser wird zusammen mit den Gesteinsschlämmen in riesige Auffangbecken unter freiem Himmel gepumpt. Permanent versickern dabei große Mengen giftiger Abwässer in die Böden und werden in Bäche geleitet. Durch mangelhafte Konstruktion der Dämme oder nach starken Regenfällen kommt es immer wieder zu Dammbrüchen, bei denen sich innerhalb von Minuten Millionen Tonnen der toxischen Schlämme in die Umwelt und Flüsse ergiessen. Im Jahr 2000 in Rumänien verseuchten schwermetallhaltige Schlämme die Theiss, den größten Zufluss der Donau. Jegliches Leben in den Gewässern wurde ausgerottet. Die Giftbelastung war bis in die mehrere hundert Kilometer entfernte Donau nachzuvollziehen.

Im Regenwald kommt die Abholzung der Urwaldriesen für den Goldabbau hinzu. Bagger wühlen die Erde um, mit Wasserpumpen werden die Böden weggespült und durchsiebt, um goldstaubhaltigen Schlamm anzureichern und dann das Edelmetal mit Quecksilber zu binden. So entstehen entlang der Flüsse verseuchte Mondlandschaften. Um nur 0,24 Gramm Gold zu erhalten, entstehen 1000 Kilo Sondermüll und Abraum. Ein einzelner Goldring produziert demnach 20 Tonnen lebensgefährlichen Giftmüll.

Die Menschenrechtsorganisation Human Rights Watch warnt, dass Kinderarbeit in der Goldgewinnung weit verbreitet ist. Kinder können in enge Schächte klettern und waschen mit bloßen Händen die goldhaltigen Erze in Quecksilberlaugen.

Die Lösung – Vier Goldene Regeln zum Schutz von Mensch und Natur

Wurde auch mein Goldschmuck unter diesen menschenunwürdigen und umweltverpestenden Bedingungen hergestellt? Den verschlungenen Goldpfad nachzuverfolgen, ist aufgrund der Vielzahl der Akteure äußerst schwierig. Die Goldraffinerien, die mehrheitlich in der Schweiz sitzen und zusammen 70 Prozent der Weltproduktion ausmachen, geben an, den Rohstoff von zertifizierten Händlern zu beziehen. Auf den zweiten Blick zeigt sich allerdings, dass viele Verkäufer Scheingeschäfte mit falschen Adressen führen (Filmtipp: „Dreckiges Gold - Die glänzenden Geschäfte mit dem edlen Metall“).

Auch wir tragen für die Auswirkungen Verantwortung: Was kann jeder einzelne also tun?

1. Konsum überdenken: Braucht man jedes Jahr ein neues Smartphone? Nutzen Sie Elektronikgeräte wie Handys und Laptops möglichst lange. Wenn die Funktionen versagen, können Sie das Gerät aussortieren – aber dann bitte in einer Recyclingstelle abgeben. Wussten Sie, dass laut einer UNO-Berechnung in nur 49 Handys soviel Gold enthalten ist wie in einer Tonne Golderz?

2. Schmuck umarbeiten: Goldschmuck, der aus der Mode gekommen ist oder einfach nicht mehr gefällt, lässt sich problemlos umarbeiten. Der Regenwald wird es danken.

4. Gold taugt nicht als Investition: Ist Gold wirklich ein sicherer Anker in Finanzkrisen? Experten raten davon ab. Und außerdem: Eine ethische und verantwortungsvolle Finanzanlage ist Gold nicht.

5. Wissen in die Welt transportieren: Machen Sie auf die umweltschädlichen Giftstoffe beim Tagebau, den Raubbau an der Natur und die unmenschlichen Arbeitsbedingungen aufmerksam, indem Sie unseren kostenlosen Regenwald Report mit fundierten Artikeln zu Regenwaldthemen beim Friseur oder Arzt auslegen. Gerne senden wir Ihnen hierfür ausreichend Exemplare zu.

Inscreva-se aqui agora para receber a nossa newsletter.

Continue informado e alerta para proteger a floresta tropical, continuando a receber a nossa newsletter!