Roubo de terra eficazmente parado

5 de set. de 2011

Mal foi fundada a República do Sudão do Sul, investidores tentam apropriar-se de grandes áreas de terra no novo estado.

Mal foi fundada a República do Sudão do Sul, investidores tentam apropriar-se de grandes áreas de terra no novo estado. Contudo, através de protestos locais, as negociações entre a empresa texana Nile Trading & Development, Inc. e o governo sul-sudanês sobre a maior privatização de terra comum puderam ser eficazmente entravadas.

Os investidores estadunidenses queriam arrendar 600.000 hectares de terra no estado Central Equatoria durante 49 anos, incluindo o direito à exploração dos recursos naturais.

Mas a usina de ideias independente do Oakland Institute revelou o plano e publicou o contrato. Além disso, foi informada a comunidade afetada de Mukaya Payam, depois do qual alguns funcionários governamentais uniram-se, organizaram um protesto e fundaram um comité de representantes políticos que colocou então suas dúvidas à frente do governo regional em Juba. Os membros da comunidade consideram o arrendamento como ilegal e os autóctones como os legítimos proprietários da terra e reclamaram o fato de a comunidade não ter sido incluída nas negociações.

Por causa desta iniciativa política o convénio foi impedido. Anuradha Mittal, diretor do Oakland Institute considera o fato de o município ignorado pelos investidores ter conseguido ser ouvido por altos funcionários governamentais como um significativo êxito democrático.

Isso é mais um exemplo da tendência do assim chamado “land grabbing” que é realizado em toda a África cada vez mais frequentemente. Nesse processo investidores estrangeiros compram áreas rurais tradicionalmente trabalhadas por pequenos lavradores a preços extremamente baixos para utilizar a terra para a agricultura industrial ou a produção de biodiesel. Para isso, áreas florestais são muitas vezes desbravadas e comunidades indígenas são expulsas ou seja desprezadas em seus direitos.

Salve a Floresta também persegue a problemática regularmente, como vocês podem ler em nossos ações de protesto passadas acerca de plantações para biodiesel em Quênia e nos Camarões.

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