ReconAfrica, aparentemente, está destruindo estepes intocadas

Girafas Girafas (© Pixabay / frei)

17 de fev. de 2022

A petroleira canadense ReconAfrica está sendo acusada de ter destruído estepes intocadas. Segundo ambientalistas locais, tratar-se-ia, no caso, de um caminho de 2,5 km destinados a estudos sísmicos, os quais são necessários para a prospecção de petróleo. A firma também anunciou que pretende executar, em 2022, de três a seis perfurações de teste.

No final de janeiro de 2022, oito organizações ambientalistas namibenses lançaram acusações contra a firma, em uma carta conjunta ao Presidente da Comissão Parlamentar de Recursos Naturais. De acordo com as acusações, o caminho teria sido instalado na Área de Proteção George Mukoya Conservancy, antes de os trabalhos terem sido suspensos. No Estudo de Compatibilidade Ambiental da ReconAfrica, originalmente, constava que para os exames sísmicos seriam utilizados, exclusivamente, os caminhos já existentes. Pouco tempo depois, a conversa já era de um caminho adicional de 22,5 km.

Até agora, a ReconAfrica realizou duas perfurações de teste. Ambientalistas estão criticando o tratamento indevido dado a águas residuais contaminadas. Ainda neste ano, devem ser feitas de três a seis perfurações de teste.

Além disso, a National Geographic levantou a acusação de que a ReconAfrica, ilegalmente, teria aplanado terreno de uma área de cinco estádios de futebol na Área de Proteção  Kapinga Kamwalye Conservancy, para uma perfuração. Teria havido o oferecimento de trabalho para dois líderes locais, no objetivo de silenciá-los. “Poços com resíduos de perfurações de teste estão preenchidos por um líquido escuro. Os campos estão saturados pelas impressões sísmicas profundas das lâminas de teste metálicas. Árvores arrancadas estão depositadas em um monturo preto ao lado do largo caminho na estepe”, descreve a National Geographic.

A ReconAfrica contesta todas as acusações feitas pela revista.

Conforme suas próprias declarações, a firma já teria feito testes sísmicos em uma área de 450 km, tendo requerido autorização do Ministério do Meio-Ambiente para continuar a fazê-los em mais 500 km. Ainda em fevereiro de 2022 deve ser iniciado um segundo programa de prospecção.

Em um comunicado oficial de 20 de janeiro, a ReconAfrica fala de “excelentes resultados” dos testes, até agora. Além disso, a firma sublinha o “fluxo de comunicação” com a população “em língua local”.

Desde o final de 2020, uma larga união internacional vem se opondo a esses planos petrolíferos. Por favor, assine a nossa petição, caso não o tenha feito ainda.

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