Na Amazônia colombiana, rios estão contaminados com mercúrio!

Igapo Project - Los Monos Crianças muruí, Caquetá, Colômbia (© Lila Akal/Igapo Project)
142.613 participantes

A Colômbia é o país com a terceira maior contaminação por mercúrio do mundo. Ele é utilizado, ilegalmente, por garimpeiros em busca de ouro, para o fim de separar o ouro de outros sedimentos. Reivindicamos que se pare já com a extração do ouro e que os rios contaminados sejam despoluídos. Por favor, assine a nossa petição.

Apelo

Para: Iván Duque Márquez, Presidente da República da Colômbia; Ricardo José Lozano, Ministro do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

“Por favor, eliminem o mercúrio dos rios já afetados usando as tecnologias disponíveis. Impeçam toda extração de ouro que gere contaminação.”

Abrir a petição

A exploração do ouro nas florestas tropicais sul-americanas conduz não apenas ao desmatamento desse sensível ecossistema, mas também ao seu envenenamento. Garimpeiros usam mercúrio para separar, de outros sedimentos, o ouro tirado dos rios.

Com isso, esse tóxico metal contamina a água e o solo, bem como o ar, com os seus vapores. E assim a Colômbia sofre na posição de terceiro país do mundo com a maior presença de mercúrio no meio ambiente.

Plantas e animais absorvem o mercúrio, e com isso, ele entra na cadeia alimentar. Peixes, que são a mais importante fonte de proteína dos moradores, estão altamente contaminados com mercúrio.

Nosso corpo absorve mercúrio pela respiração, pela alimentação e pela pele. Esse metal pesado fica depositado em órgãos como os rins, bem como prejudica gravemente o sistema nervoso. Crianças e fetos reagem de forma especialmente sensível ao mercúrio, sofrendo, rapidamente, com danos irreparáveis à saúde.

Especialmente afetados pelo garimpo e suas consequências são os habitantes nativos das florestas tropicais.

Povos indígenas, como os Muruí e o os Muinane, que vivem às margens do Rio Caquetá, na Colômbia, estão à beira da extinção física e cultural, como já declarado pela Corte Constitucional colombiana e pela organização indígena ONIC.

Por favor, reivindiquem do governo colombiano a proibição do garimpo do ouro nos rios, bem como que descontaminem os rios já atingidos por meio de tecnologias disponíveis, para fins de retirada do mercúrio.

Mais informações

Informações e fontes adicionais:

https://igapo-project.jimdofree.com

https://www.facebook.com/IgapoProject

https://twitter.com/IgapoProject

https://www.instagram.com/igapoproject

Efectos de la minería en Colombia sobre la salud humana, Jesús Olivero Verbel:http://concienciaciudadana.org/efectos-de-la-mineria-en-colombia-sobre-la-salud-humana

El mercurio contamina silenciosamente al río Caquetá, Esteban Cabuya Parra:https://semanarural.com/web/articulo/rio-caqueta-y-la-contaminacion-con-mercurio-mineria-amazonia/625

Minería: Impactos sociales en la Amazonia:https://www.sinchi.org.co/mineria-impactos-sociales-en-la-amazonia

Mercury in the Global Environment: Patterns of Global Seafood Mercury Concentrations and their Relationship with Human Health Biodiversity Research Institute:http://www.briloon.org/uploads/Library/item/262/file/Mercury%20in%20the%20Global%20Environment.pdf

Tratamiento de bajo coste para aguas contaminadas por actividades de minería, investigación y propuesta de la Universidad Politécnica de Madrid:http://oa.upm.es/44286/1/INVE_MEM_2014_238768.pdf

Muerte lenta: el pueblo uitoto acorralado por el mercurio, José Guarnizo Álvarez:http://especiales.semana.com/mercurio-contaminacion/index.html

Carta

Para: Iván Duque Márquez, Presidente da República da Colômbia; Ricardo José Lozano, Ministro do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Exmo. Sr. Presidente da República da Colômbia,
Exmo. Sr. Ministro do Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,

Estamos profundamente preocupados com o nível de contaminação por mercúrio do Rio Caquetá, bem como com as consequências dessa contaminação sobre os povos nativos que vivem às suas margens e alimentam-se, principalmente, do que pescam. Alguns deles já haviam sido classificados como categorias em vias de extinção física ou cultural pela Corte Constitucional em 2009.

Hoje em dia, muitas comunidades muruí, muinane e andoke sofrem múltiplas patologias agudas, em muitos casos incuráveis e às vezes, fatais. Essas comunidades apresentam uma percentagem anormalmente elevada de recém-nascidos com deformações irrecuperáveis e deficiências mentais.

Ademais, grande parte dos idosos, por natureza mais frágil, desenvolve transtornos neurológicos, digestivos e cutâneos antigamente desconhecidos. A morte prematura dos idosos não só é uma tragédia para as famílias, como também para sua cultura, da qual são os garantes.

A Colômbia é o país com o terceiro maior índice de contaminação por mercúrio do mundo.

Pesquisas realizadas pela Universidade de los Andes, Universidad de la Amazonia e pela Fundación Omacha, mostram que os peixes do Rio Caquetá contêm níveis de mercúrio de até 45 vezes mais elevados que os recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que significa que não são adequados para o consumo humano.

Essas comunidades vivem em zonas muito distantes dos serviços de saúde, e por isso, estão ainda mais desprotegidas dos males das enfermidades de que padecem.

Reivindicamos que tomem todas as medidas necessárias para proteger os povos nativos que vivem no território colombiano e para deter a contaminação em seu entorno.

Reivindicamos que sejam utilizados todos os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para lutar contra as atividades de extração do ouro, as quais levam ao cotidiano derramamento de grandes quantidades de mercúrio nos rios e nos solos.

Reivindicamos que sejam executadas todas as medidas de descontaminação do rio por meio das tecnologias existentes, a fim de proteger um ambiente único no mundo.

Como estado constituinte da bacia amazônica, é responsabilidade da Colômbia contribuir com sua proteção, da qual depende não só a saúde de seus habitantes, como também a dos habitantes de todo o planeta.

Atenciosamente

Inscreva-se aqui agora para receber a nossa newsletter.

Continue informado e alerta para proteger a floresta tropical, continuando a receber a nossa newsletter!