Alerta vermelho para a biodiversidade

Caça de pássaros no Egito Caçador apresenta cadáveres de pássaros recém-capturados por rede (© H. Schulz)
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A diversidade biológica está diminuindo muito. Nosso consumo destrói o ecossistema: madeireiras derrubam florestas, frotas pesqueiras saqueiam os mares, caçadores ilegais ameaçam os animais. No final de novembro, a 14ª Conferência da Biodiversidade vai acontecer no Egito, enquanto lá mesmo milhões de aves migratórias serão capturadas.

Apelo

Para: Governo Federal da Alemanha, União Européia

“A biodiversidade está ameaçada. Os governos, quando da 14ª. Conferência da ONU sobre a biodiversidade - precisam tomar providências urgentes.”

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Qual é, exatamente, o número de espécies de animais e plantas existentes na Terra, ninguém sabe. Em todo o caso, são milhões. Diariamente, novas espécies são descritas, especialmente nos trópicos. À biodiversidade, pertence também a diversidade genética dentro das espécies, as relações entrelaçadas dos seres vivos e a larga paleta no ecossistema.

No entanto, a biodiversidade está ameaçada, em nível mundial: a natureza é saqueada e transformada em monocultura para satisfazer o nosso consumo; o meio-ambiente é contaminado; os animais são alvo de tiros ou são pegos em armadilhas para virarem mercadoria. A diversidade genética vai se reduzindo e muitas espécies são extintas.

A  diversidade é perdida com as derrubadas das matas tropicais úmidas pela indústria da madeira, do óleo de palma e da soja. Mas também na Alemanha e na Europa a situação não é muito melhor. Três quartos de todas as espécies de animais e de plantas encontram-se em estado “desfavorável” ou “ruim”, segundo o Ministério Alemão do Meio-Ambiente e a União Européia.

A UE quer paralisar a perda da diversidade biológica e a degradação do ecossistema até 2020. Mas ainda falta muito se alcançar os objetivos de biodiversidade na EU, escreve a Comissão Européia.

No final de novembro vai acontecer a 14ª Conferência da ONU sobre Biodiversidade. Enquanto as delegações estiverem reunidas no balneário de luxo de Sharm El Sheikh, milhões de aves migratórias serão capturadas nos países norte-africanos com redes, para serem vendidas como “delicatessen”. As redes-armadilhas dos inescrupulosos assassinos de pássaros perfazem mais de 700 km na costa mediterrânea, estendendo-se da fronteira com a Líbia até a Faixa de Gaza.

Por favor, exija que os governos do mundo façam parar com a destruição da diversidade das espécies e dos ecossistemas.

Mais informações

- Ministério Federal do Meio-Ambiente, Proteção da Natureza, Construção e Segurança de Reatores, A Situação da Natureza na Alemanha – Resultados do Relatório sobre a Proteção dos Pássaros: https://www.bmu.de/fileadmin/Daten_BMU/Download_PDF/Naturschutz/natur_deutschland_bericht_bf.pdf

-- Comissão Européia, The State of Nature in the EU: http://ec.europa.eu/environment/nature/pdf/state_of_nature_en.pdf

Carta

Para: Governo Federal da Alemanha, União Européia

Exmas. Senhoras, Exmos. Senhores,

A diversidade biológica está sendo reduzida drasticamente – na Alemanha, na União Européia e em todo o globo.

Aqui mesmo entre nós, no rico norte, três quartos de todas as espécies animais e vegetais encontram-se, conforme dados do Ministério do Meio-Ambiente e da União Européia, em situação “desfavorável” ou “ruim”.

No entorno do Mar Mediterrâneo, anualmente, milhões de aves migratórias europeias morrem horrorosamente, para serem vendidas como “delicatessen”. No Egito, elas são capturadas por uma rede com mais de 700 km de extensão ao longo da costa da Líbia até a Faixa de Gaza.

Nos trópicos, ecossistemas como o da floresta equatorial são sacrificados em nome de nosso consumo, dentre eles, madeira tropical valiosa ou para o cultivo de matéria prima agrária, tais como óleo de palma, soja e cacau. Caçadores ilegais fuzilam animais ameaçados ou os capturam em armadilhas, para, por exemplo, fazer comércio com marfim ou com espécies exóticas.

Nós exigimos que vocês respeitem os objetivos de biodiversidade da UE.

Tomem medidas para pôr fim à perda da diversidade das espécies e à degradação dos ecossistemas até 2020, tal como disposto na estratégia de UE para a biodiversidade. E reparem também os danos já consumados nos ecossistemas.

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