Salve o Pulmão Verde do Planeta

Representante de um povo da floresta com zarabatana, de rosto pintado e enfeitado com uma pena A Amazônia dá aos nativos tudo que eles precisam para viver (© COICA.ORG)
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Os povos indígenas da Amazônia estão ameaçados – no Brasil, no Equador, no Peru e nos países vizinhos: a mata virgem está sendo destruída. Por favor, apóie o apelo dos nativos à ONU e aos governos locais da região, para que se acabe com a destruição do maior e mais rico ecossistema da Terra.

Apelo

Para: ONU e outros órgãos das Nações Unidas (CERD, UNEP, UNDP, OIT, OMS, FAO, UNFCCC, CDB, UNESCO, Relatora Especial da ONU sobre os povos indígenas), assim como os governos dos países da região amazônica

“Por favor, ajude, com a sua voz, a defender a Amazônia. As derrubadas e a aniquilação dos povos indígenas precisam acabar!”

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“Estamos lhes escrevendo porque a Amazônia, um tesouro global de biodiversidade, já está destruída em 25%. Se não se parar de desmatar, chegaremos, em alguns anos, a um ponto no qual o ecossistema irrevogavelmente entrará em colapso, e não poderá cumprir mais as importantes funções que exerce sobre a vida na Terra.”

Com este dramático apelo, os nativos das matas virgens sul-americanas dirigem-se à comunidade global. Por meio da federação COICA, a qual representa milhares de aldeias da mata, centenas de associações indígenas e as nove associações nacionais dos países da região, eles exigem das Nações Unidas (ONU) e dos governos sul-americanos a proteção da Amazônia.

Os povos indígenas, com seu estilo de vida pró-ambiente, não só conservaram a Amazônia até agora, como também a defendem ativamente contra o saque levado a cabo pela indústria madeireira e agrária, pela mineração e por projetos de barragens gigantes.

Também para nós a conservação da Amazônia é importante. Não é só o clima da América do Sul que ela regula, ela influencia todo o globo. As enormes derrubadas causam não apenas emissões violentas de CO2, elas também favorecem eventos climáticos extremos, tais como secas, chuvas diluvianas e fortes furacões.

As organizações indígenas pedem à ONU e aos governos locais “que estes tomem atitudes amplas e num plano internacional, pois o desmatamento da floresta virgem e a poluição do meio-ambiente em um país afeta o país vizinho e todo o planeta”.

Carta

Para: ONU e outros órgãos das Nações Unidas (CERD, UNEP, UNDP, OIT, OMS, FAO, UNFCCC, CDB, UNESCO, Relatora Especial da ONU sobre os povos indígenas), assim como os governos dos países da região amazônica

Exma. Sra. Victoria Tauli-Corpuz, Relatora Especial da ONU sobre os povos indígenas,
Exmo. Sr. Erik Solheim, Diretor Executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente (UNEP)
Exmo. Sr. Ib Petersen, Presidente do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD),
Exmo. Sr. Guy Ryder, Diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT),
Exma. Sra. Anastasia Crickley, Prasidente do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD),
Exmo. Sr. Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),
Exmo. Sr. José Graziano da Silva, Diretor-Geral da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO),
Exma. Sra. Patricia Espinosa, Secretária-Executiva do Secretariado da ONU para o Clima (UNFCCC),
Exma. Sra. Cristiana Pașca Palmer, Secretária Executiva da Convenção da Biodiversidade (CBD),
Exma. Sra. Irina Bokova, Diretora-Geral da UNESCO,

A região amazônica é como um único corpo articulado e precisa ser tratada como um todo, ainda que compreenda o território de nove Estados. Projetos que protegem só uma parte, enquanto outras partes estão sendo destruídas são ineficazes, do mesmo modo que iniciativas de vacinar a população de apenas um lado da fronteira, só para observar, do outro lado, os outros ficando doentes. Ou construir uma barragem em um rio de um lado da fronteira, o que afeta a população do outro lado da fronteira; ou expor a população de um país a toneladas de substâncias tóxicas e emissões e ficar olhando como o veneno se dissemina no ar e na cadeia alimentar de outro país.

O recente massacre de, pelo menos, vinte índios no Brasil não é um caso isolado e mostra apenas a urgência da situação. Os povos indígenas que vivem na Amazônia sofrem com as mesmas ameaças e ataques: projetos de mineração, expansão da indústria agrária, como no caso do óleo de palma, extração de petróleo, desmatamentos ilegais, pecuária extensiva e projetos de infra-estrutura ameaçadores, como rodovias, usinas hidrelétricas, canais, rede de cabos de alta tensão, etc.

Por esta razão, nós nos dirigimos à Organização das Nações Unidas (ONU), para solicitar que seja criada uma Missão de Emergência internacional da ONU na Amazônia, para que esta aja em coordenação com a COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia) e com os governos locais dos países afetados. O objetivo é verificar os ataques a que estão sujeitas as matas e as populações indígenas que nelas vivem.

Além disso, solicitamos que a ONU dê início a um processo de diálogo com os governos envolvidos nesses projetos, por exemplo, o governo da China. Este apoio é pedido por todas as associações nacionais da COICA. O objetivo é que sejam feitas recomendações para bancos, com vistas a medidas de proteção, bem como para concretizar os padrões sociais e ambientais de empresas, os quais, por ora, ou não existem ou são insuficientes.

Pelas razões acima, é urgentemente necessária a intervenção imediata dos órgãos da ONU. Nós apoiamos, em conseqüência, inteiramente, o pedido da COICA (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia).
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