União Europeia não deve ser cúmplice da caça furtiva!

Elefante africano na floresta Os elefantes não têm como defender-se das armas dos caçadores furtivos (© Public Domain)
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Os elefantes da África lutam pela sua própria sobrevivência. Cada 15 minutos caçadores furtivos matam um desses gigantes. A proteção tem que ser reforçada. Mas a União Europeia rejeita uma proibição absoluta do comércio com marfim. Exijam da UE que não se torne uma servente da caça furtiva.

Apelo

Para: a Comissão Europeia e os Estados-Membros da União Europeia

“A cobiça de marfim coloca os elefantes na África à margem da extinção. A UE tem que interceder por uma proibição absoluta do comércio com marfim.”

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As savanas e florestas da África sem elefantes: este cenário horrível poderia tornar-se uma realidade daqui a dez anos, se a caça furtiva continuar de forma inalterada.

Por isso, 29 Estados africanos, nos quais vivem elefantes, estão desenvolvendo juntamente uma proibição absoluta do comércio com marfim. Isto é a única opção para pôr fim à caça furtiva. Até os importadores principais, os EUA e a China, apoiam o projeto. Mas a União Europeia rejeita uma proibição total!

Em vez disso, na próxima conferência internacional para a proteção de espécies ameaçados em Setembro, a Europa quer alcançar que a África do Sul, o Botsuana, o Zimbabwe e a Namíbia possam gerir as suas populações de elefantes de forma “sustentável”. Assim, a UE impediria uma proteção mais rigorosa. Para o diretor da organização Wildlife Authority no Uganda Andrew Seguya, o comportamento da UE significa o início da extinção dos elefantes africanos.

Apesar de uma ampla proibição do comércio internacional com marfim desde 1989, cada 15 minutos um elefante é matado por caçadores furtivos. Consequentemente, os regulamentos atuais têm que ser reforçados urgentemente, não devem tolerar exceções e têm que incluir o comércio interno dos países. Porém, o comissário do meio ambiente da UE Karmenu Vella afirma que existam “critérios científicos” que se oponham a uma proibição total.

Ao mesmo tempo, dados dos anos 1999 e 2008 mostram que a caça furtiva aumenta drasticamente mesmo quando somente poucos Estados estarem autorizados a vender marfim. Nesses casos, grupos criminosos inundam o mercado legal com marfim ilegal e matam cada elefante que podem encontrar.

Por favor, exijam da União Europeia que apoie uma proibição absoluta do comércio com marfim. A UE não se deve tornar uma servente da caça furtiva.

Mais informações

A abreviação CITES descreve a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (em inglês “Convention on International Trade in Endangered Species of Wild Fauna and Flora”).

Conferência de CITES na África do Sul

Existe uma estrita proibição de qualquer tipo de comércio com as espécies animais apresentadas no anexo 1. Para as espécies na lista 2 as restrições são muito mais fracas. A África do Sul, o Botsuana, o Zimbabwe e a Namíbia lutam pela inclusão dos elefantes africanos na segunda lista, o que possibilitaria a exportação de marfim. A União Europeia apoia esta posição.

Os 29 Estados da African Elephant Coalition (AEC) intercedem pela colocação de todos os elefantes da África na lista 1. Segundo informações da organização, cerca de 100 mil elefantes foram matados por causa do marfim entre 2011 e 2013.

A próxima conferência da CITES, na qual se decidirá sobre o comércio de marfim e a proteção dos elefantes, terá lugar entre 24 de Setembro e 5 de Outubro em Johannesburg (África do Sul).

Carta

Para: a Comissão Europeia e os Estados-Membros da União Europeia

Excelentíssimos Senhores e Senhoras Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-Membros da UE, excelentíssimos membros da Comissão Europeia,

na África a morte dos elefantes continua inalterada. A caça furtiva tem que ser combatida rigorosamente para que os elefantes da África não sejam extinguidos nos próximos 25 anos. Alguns especialistas calculam somente 10 anos até à sua extinção!

Mas mesmo assim a UE entrava os esforços para uma proibição total do comércio com marfim. A UE posiciona-se contra os 29 Estados-Membros da African Elephant Coalition (AEC), que lutam pelo resgate dos elefantes, às vezes custando vidas humanas.

Durante a próxima conferência das partes da CITES em Johannesburg a UE quer possibilitar que a África do Sul, o Botsuana, o Zimbabwe e a Namíbia possam vender marfim. O comércio com “marfim velho” também deve continuar a estar permitido.

Mas as experiências mostram que o comércio legal com marfim estimula o mercado negro e impulsiona o comércio ilegal.

Por favor, apóiem uma proibição total do comércio com marfim durante a conferência para a proteção de espécies ameaçadas em Setembro. A UE não se deve tornar um cúmplice da caça furtiva.

Com os meus sinceros agradecimentos

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