Pôr termo às fazendas industriais!

Galinhas numa gaiola da empresa FIT Farm O destino das galinhas: 47 dias em gaiolas (© Firmenvideo FIT Farm)
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Subsídios para a exportação de galinhas maltratadas? O produtor de ovos da Belarrúsia Servolux apresentou ao Banco Europeu de Desenvolvimento um pedido de 25 milhões de euros para construir uma gaiola em bateria. Por favor exijam: nenhum dinheiro público para fazendas industriais!

Apelo

Para: Banco Europeu de Desenvolvimento (EBRD), outras instituições financeiras e organismos de crédito à exportação

“Animais não são uma mercadoria de massa. Fazendas industriais com modos de produção cruéis não devem ser financiadas com dinheiro público.”

Abrir a petição

Se o Banco Europeu de Desenvolvimento conceder o crédito, logo 378 mil pintos por ano ficarão amontoados em gaiolas sem camas de palha; durante 47 dias, até o abate. A Servolux solicitou um crédito para exatamente este tipo de fazenda. Em Abril decidirá-se sobre o pedido. Ainda mais dinheiro público ameaça ser gasto para promover a criação de animais em massa!

A técnica, que não está permitida na UE, deve ser fornecida pelo produtor alemão “FIT Farm”, relata a organização Humane Society International (HSI). Um vídeo promocional finge uma criação clinicamente limpa, mas na verdade os animais sofrem muito. No telefone a empresa nega que as gaiolas dela não cumpram as regulações da UE e que os animais sofram.

Num informe a HSI apresenta vários casos nos quais os direitos dos animais obviamente foram ignorados.

A Alemanha assegurou a construção de duas gaiolas em bateria na Ucrânia com um crédito à exportação no valor de 26,4 milhões de euros. Assim financiaram-se gaiolas que já estão proibidas na Alemanha. Porém, segundo o informe, a empresa Avangard continua a poder vender ovos no mercado da UE. Muitas vezes os consumidores não são informados sobre a origem dos ovos em alimentos transformados. Não existe nenhuma obrigação de rotulagem.

Há muitos anos, a Salve a Floresta tem lutado contra a criação de animais em massa e recomenda uma alimentação vegetariana-vegana. Vastas áreas de floresta tropical são destruídas para o cultivo de forragem em plantações de soja ou milho.

Por favor exijam que galinheiros ou outras fazendas nas quais os animais são tratados de forma cruel não sejam financiadas por dinheiro público. Não deve haver créditos para fazendas industriais.

Carta

Para: Banco Europeu de Desenvolvimento (EBRD), outras instituições financeiras e organismos de crédito à exportação

Excelentíssimo Senhor Presidente do EBRD Sir Suma Chakrabarti,
prezados senhores e senhoras,

instituições financeiras internacionais e organismos de crédito à exportação concedem créditos para fazendas enormes nas quais as normas relativas ao bem-estar dos animais são violadas.

Promovem-se financeiramente gaiolas para galinhas que já estão proibidas na Alemanha. Pocilgas nas quais as porcas são criadas em celas estreitas podem ser sustentadas por fundos públicos.

Por favor garantam que fazendas industriais com modos de produção cruéis não sejam mais promovidas com dinheiro público. Os animais precisam da nossa proteção e não são uma mercadoria de massa.

Com os meus sinceros agradecimentos

Tema

A situação – fome de carne

As pessoas no mundo comem cada vez mais carne: entre 2010 e 2012, cada brasileiro consumiu 29,3 kg de carne de vaca, 11,1 kg de porco e 41,5 kg de aves – no total 82 kg de carne por pessoa – igual à média dos cidadãos da União Europeia (2010).

No economia brasileira, a criação de animais joga um papel muito importante: a empresa JBS é a maior produtora de carne de vaca do mundo, desde 2013 também o maior produtor de carne de frango. Na produção da JBS, 85 mil vacas, 70 mil porcos e 12 milhões são abatidos todos os dias!

As consequências – desmatamento, monoculturas, mudança do clima

Um grave problema na produção de carne em massa são as terras férteis necessárias para o cultivo de forragem com componentes proteicos: um terço da superfície agrícola do mundo é usado para o cultivo de forragem animal. Dentro das plantas energéticas cultivadas para isso, a soja joga um papel decisivo. Grande parte do consumo de soja para a criação de animais vem da Argentina e do Brasil. Para o cultivo, florestas tropicais e a vegetação do Cerrado são destruídas. Muitas vezes, a população local é expulsa. Quem fica, corre o risco de adoecer: três quartos da soja cultivada na América do Sul tem sido geneticamente modificada e é vendida pela corporação agroindustrial Monsanto. Nas monoculturas usa-se o pesticida glifosato. A substância tóxica é suspeita de causar tumores e danos no patrimônio hereditário dos seres humanos.

Mais um problema são as pastagens de gado, para as quais cada vez mais áreas florestais são desmatadas. Quando se juntam as pastagens com as áreas agrícolas para a forragem animal, constituem dois terços de todas as terras férteis do mundo. As consequências para o clima global são desastrosas: metano saindo dos estômagos das vacas, emissões de CO2 através do desmatamento e do uso de máquinas, a libertação de óxido nitroso nos fertilizantes: a nível mundial, 18 por cento das emissões de gases com efeito de estufa são causadas pela criação de animais.

A solução – força vegetal e carne nos domingos

O futuro das florestas tropicais também é decidido nos nossos pratos: os produtos animais na nossa dieta importam em 72 por cento das emissões de gases com efeito de estufa relacionadas à alimentação. Em comparação com alimentos vegetais, precisa-se uma área várias vezes superior para a produção deles.

Essas dicas ajudam a proteger a população mundial, a natureza e o clima:

  1. Mais produtos vegetais: seitan, tofu e leite de amêndoa – hoje em dia, a maioria dos supermercados vende alternativas gostosas e nutritivas aos produtos animais.

  2. Voltar à premissa “carne nos domingos”: quem não quer deixar a carne completamente pode reduzir o seu consumo e abdicar de produtos da criação de animais em massa.

  3. Não tenha medo de soja: somente dois por cento da colheita de soja são transformados em tofu e outros produtos vegetais. Porém, é bom verificar se a soja não é geneticamente modificada.

  4. Protestos eficazes: em manifestações como a “marcha contra Monsanto” dezenas de milhares de pessoas lutam por uma agricultura e pecuária saudável e compatível com o bem-estar animal, humano e com o clima e exercem pressão sobre os políticos. Para períodos sem manifestações, petições on-line e cartas aos representantes políticos são uma boa alternativa.

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