Proibir agrotóxicosque matam as abelhas!

Uma abelha sentada numa florNão só abelhas, mas também mamangabas e outros insetos polinizadores estão gravemente ameaçados pelos neurotoxinas
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A indústria química está fazendo a guerra contra a natureza. O grupo de substâncias dos neonicotinóides engloba os pesticidas mais perigosos que o homem já criou. Na agricultura os neurotoxinas não só matam os assim chamados parasitas, mas também inúmeros insetos úteis como abelhas. Por favor, exija a proibição desses tóxicos.

Apelo

Para: Tribunal Europeu, Comissão Europeia

“As abelhas precisam da nossa ajuda. Proíbam os neurotoxinas perigosos na agricultura.”

Abrir a petição

As empresas químicas BASF, Bayer, Dow e Syngenta estão criando neurotoxinas altamente perigosas para a agricultura. O grupo de substâncias dos neonicotinóides destrói todos os insetos, incluindo abelhas do mel e mamangabas. A Monsanto e a Dupond também parecem vender sementes que foram tratadas com os tóxicos.

As pesticidas não só matam seres vivos nos campos de cultivo. Quantidades minúsculas dos tóxicos prendidas a partículas de pó são suficientes para difundir, através do vento, o efeito letal dos neurotoxinas na paisagem.

Por causa da morte das abelhas na Europa, em 2013 a Comissão Europeia finalmente limitou fortemente o uso dos neonicotinóides clotianidina, tiametoxam e imidacloprida assim como da substância Fipronil, com um prazo de dois anos. As empresas químicas BASF, Bayer e Syngenta apresentaram três queixas contra isso no Tribunal Europeu.

A empresa Dow Chemicals criou o novo inseticida altamente tóxico Sulfoxaflor. Como os neonicotinóides, ele é um neurotoxina. Mas mesmo assim, a Comissão Europeia permitiu o uso dele em Julho de 2015.

Por outro lado, apicultores e ambientalistas nos EUA estão celebrando um grande sucesso jurídico: em Setembro de 2015 um tribunal de recurso na Califórnia deu razão a eles e proibiu o uso de Sulfoxaflor. Segundo os juízes, a agência ambiental norteamericana EPA não deveria ter permitido a substância, porque é altamente perigosa para abelhas e os estudos apresentados não puderam provar a proteção das populações de abelhas.

Por favor, exijam da política e da justiça na Europa que proíbam definitivamente os neonicotinóides e outros neurotoxinas como Fipronil e Sulfoxaflor na UE.

Mais informações

Abelhas, mamangabas e outros insetos polinizadores são extremamente importantes e insubstituíveis para a natureza. Eles polinizam 80 por cento de todas as plantas cultivadas ou selvagens. Das flores visitadas por eles surgem sementes e frutas, que servem como alimentos para homens e animais.

A União Europeia calcula que a importância econômica das abelhas para a agricultura na UE equivale a um valor anual de 22 bilhões de euros. Além disso, elas também fornecem mel, pólen e cera.

Neonicotinóides são letais para abelhas e outros insetos já em pequenas quantidades. Por isso, é difícil provar que as intoxicações das abelhas estão diretamente ligadas ao uso dos neurotoxinas na agricultura. As empresas que produzem os químicos e sementes desmentem ligações com a morte de abelhas e remetem para outras causas possíveis como ácaros nas colmeias. Os químicos longevos já foram demonstrados também em plantas, solos e águas. Eles não ameaçam só insetos, mas também peixes, anfíbios, pássaros, mamíferos e finalmente também o homem.

Artigo da Reuters do 10 de Setembro de 2015: U.S. court finds EPA was wrong to approve Dow pesticide harmful to bees

Artigo da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) do 11 de Março de 2015: Conclusion on the peer review of the pesticide risk assessment of the active substance sulfoxaflor

Carta

Para: Tribunal Europeu, Comissão Europeia

Excelentíssimos senhores e senhoras,

por favor, proíbam definitivamente o uso dos neurotoxinas do grupo dos neonicotinóides assim como a substância Fipronil na agricultura. Estudos científicas independentes e as avaliações da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) provam o perigo deles para as populações de abelhas e associam-nos à morte das abelhas no mundo inteiro. Entre as substâncias também está o novo pesticida Sulfoxaflor da Dow Chemicals, que a Comissão Europeia permitiu em Julho de 2015.

Em Setembro de 2015, depois de queixas apresentadas por apicultores e defensores do meio ambiente, um tribunal de recurso norteamericano declarou a autorização de Sulfoxaflor nos EUA como ilegal. O tribunal justificou a sua decisão com o “perigo para as abelhas”, “informações falsas e limitadas” e com a falta de “provas substanciais” por parte do produtor.

De uma perspetiva ecológica, ética e jurídica é completamente inaceitável que o uso de pesticidas na UE leve à morte de inúmeros insetos úteis e selvagens como abelhas e mamangabas, que não são considerados como parasitas.

Atenciosamente,

Tema

O ponto de partida: Por que a biodiversidade é tão importante?

 

Biodiversidade compreende três campos estreitamente ligados entre si: a diversidade das espécies, a diversidade genética dentro das espécies e a diversidade dos ecossistemas, como por exemplo, florestas ou mares. Cada espécie é parte de uma rede de conexões altamente complexa. Quando uma espécie é extinta, essa extinção tem repercussão sobre outras espécies e outros ecossistemas.

Globalmente, até hoje já foram descritas duas milhões de espécies, especialistas avaliam o número como amplamente maior. Florestas tropicais e recifes de corais pertencem aos ecossistemas com a mais alta biodiversidade e complexidade de organização da Terra. Cerca da metade de todas as espécies de animais e plantas vivem nas florestas tropicais.

A diversidade biológica é, em si, digna de proteção, além de ser para nós, condição de vida. Diariamente, fazemos uso de alimentos, água potável, medicamentos, energia, roupas ou materiais de construção. Ecossistemas intactos asseguram a polinização das plantas e a fertilidade do solo, protegendo-nos de catástrofes ambientais como enchentes ou deslizamentos de terra, limpam água e ar e armazenam gás carbônico (CO2), o qual é danoso para o clima.

A natureza é também a casa e ao mesmo, lugar espiritual de muitos povos originários da floresta. Estes são os melhores protetores da floresta, porquanto é especialmente em ecossistemas intactos que se encontra a base para a vida de muitas comunidades indígenas.

A conexão existente entre destruição da natureza e surgimento de pandemias é conhecida de há muito, não tendo surgido pela primeira vez com o coronavírus. Uma natureza intacta e com bastante diversidade protege-nos de doenças e de outras pandemias.

Para saber mais sobre esta conexão, pode clicar nos link abaixo:

https://www.ufrgs.br/jornal/conexoes-entre-desequilibrios-ambientais-e-o-surgimento-de-doencas-infecciosas-na-amazonia/

https://www.dw.com/pt-br/o-elo-entre-desmatamento-e-epidemias-investigado-pela-ci%C3%AAncia/a-53135352

Os efeitos: extinção de espécies, fome e crise climática

 

O estado da natureza vem piorando dramaticamente, em escala global. Cerca de um milhão de espécies de animais e plantas estão ameaçadas de serem extintas, já nas próximas décadas. Atualmente, 37.400 plantas e animais estão na lista vermelha da organização de proteção ambiental IUCN como espécies ameaçadas de extinção – um tristíssimo recorde! Especialistas chegam a dizer que se trata da sexta maior mortandade de espécies da história da Terra – a velocidade da extinção global das espécies aumentou cem vezes nos últimos dez milhões de anos, e isso por causa da influência humana no meio-ambiente.

Também numerosos ecossistemas, em todo o globo – sendo 75% ecossistemas terrestres e 66% marinhos – estão ameaçados. Somente 3% deles estão ecologicamente intactos, como, por exemplo, partes da bacia amazônica e da bacia do Congo. Especialmente afetados são ecossistemas ricos em biodiversidade, como florestas tropicais e recifes de corais. Cerca de 50% de todas as florestas tropicais foram destruídas nos últimos 30 anos. A extinção dos corais aumenta constantemente com o avançar do aquecimento global.

As principais causas para a grave diminuição da biodiversidade são a destruição de habitats, a agricultura intensiva, a pesca predatória, a caça ilegal e o aquecimento global. Cerca de 500 (quinhentos) bilhões de dólares americanos são investidos por ano, globalmente, na destruição da natureza, da seguinte forma: exploração de pecuária intensiva, subvenções para exploração de petróleo e carvão, desmatamento e impermeabilização do solo.

A perda de biodiversidade tem consequências sociais e econômicas extensas, pois a exploração dos recursos é feita em detrimento dos interesses de milhões de pessoas do Sul Global. Os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável almejados pela ONU – como, por exemplo, o combate à fome e à pobreza - somente poderão ser alcançados se for a biodiversidade for mantida em escala global e utilizada sustentavelmente para as próximas gerações.

Sem a conservação da biodiversidade, a proteção do clima também fica ameaçada. A destruição de florestas e pântanos – eis que ambos são redutores de gás carbônico – agrava a crise climática.

A solução: menos é mais!

 

Os recursos naturais da Terra não estão ilimitadamente à nossa disposição. Praticamente, consumimos recursos no volume correspondente a duas Terras e se mantivermos essa velocidade de consumo, até 2050, consumiremos, no mínimo, recursos no volume de 3 (três) planetas Terra. Para lutar pela conservação da diversidade biológica como nossa condição de vida, precisamos aumentar mais ainda a pressão sobre os nossos governantes. E mesmo no nosso simples cotidiano, podemos agir contribuindo para o mudar da coisa.

Com estas dicas para o dia-a-dia, nós protegemos o meio-ambiente:

  1. Comer plantas com mais frequência: mais legumes e “queijo” de soja (tofu) e menos ou nada de carne no prato! Cerca de 80% das áreas agrárias, em escala global, são usadas para pecuária intensiva e para o cultivo de ração animal;
  2. Alimentos regionais e orgânicos:mantimentos produzidos ecologicamente dispensam o cultivo de monoculturas gigantes e o uso de pesticidas. E a compra de produtos locais economiza uma enorme quantidade de energia;
  3. Viver com consciência: Será que é preciso mesmo comprar ainda mais roupas, ou um celular novo? Ou será que, para coisas do cotidiano, dá para comprar coisas já usadas? Existem boas alternativas para produtos com óleo de palma ou para a madeira tropical! Ter, como bicho de estimação, animais selvagens tropicais como papagaios ou répteis é tabu total! Outra coisa útil é calcular o seu dispêndio pessoal de recursos naturais (a chamada “pegada ecológica”);
  4. Ter relações amistosas com as abelhas: você pode proporcionar uma alegria para abelhas e outros insetos, plantando espécies diferenciadas e saborosas na sacada do seu apartamento ou no quintal da sua casa. Também dá para colaborar sem plantar o verde na própria casa, participando de projetos de proteção à natureza na sua região;
  5. Apoiar protestos: manifestações ou petições contra o aquecimento global ou para uma revolução agrária faz pressão nos governantes, que também são responsáveis pela proteção da biodiversidade.

Leia aqui porque tantas espécies são extintas antes de serem descobertas

 

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