Equador: governo encerra organização ambientalista e de direitos humanos Pachamama

Seis ambientalistas e defensores dos direitos humanos colaram as suas bocas como protesto. Protesto mudo dos ambientalistas e defensores dos direitos humanos em Quito

6 de dez. de 2013

A organização ambientalista e de direitos humanos Pachamama no Equador foi proibida pelo governo em 4 de Dezembro. “15 pessoas vestidas à civil apareceram no gabinete da Pachamama na capital Quito, apresentaram-se como funcionários estatais de diferentes ministérios e da polícia e mandaram o encerramento por causa de uma decisão ministerial”, relata a diretora Belén Páez.

Esta medida completamente infundada faz parte de uma estratégia do governo através da qual os críticos da política do Presidente Rafael Correa, baseada na exploração desinibida das jazidas de petróleo, ouro e cobre do país, devem ser criminalizados e silenciados.

O governo justificou a decisão com o fato de os membros da organização  terem agredido o embaixador chileno Juan Carlos Lira durante um protesto contra a exploração petrolífera na floresta amazônica em 28 de Novembro.

Segundo o jornal equatoriano El Comercio, o governo acusa a organização de “perturbação da política estatal” e de “um atentado contra a segurança interna e a paz”.

Desde há 16 anos, a Pachamama tem apoiado sobretudo os diferentes povos indígenas na parte equatoriana da floresta amazônica que se opõem à extensão da exploração petrolífera nas suas terras ancestrais.

Além disso, em Julho, o Presidente do Equador Rafael Correa tinha declarado a iniciativa estatal de Yasuní, que previa a exclusão do parque nacional na floresta tropical da exploração petrolífera, como terminada.

Já em Março de 2009, o governo tinha agravado a legislação contra organizações não-governamentais (decreto no. 982) e logo depois mandou encerrar o grupo ambientalista Acción Ecológica. Depois de protestos em todo o mundo, o governo desfez a decisão. Não obstante, 29 organizações foram proibidas pelo governo desde então. Em Junho de 2013 as leis para ONGs foram apertadas novamente (decreto executivo no. 16).

Juntamente com outras organizações, exigimos que se retire a proibição imediatamente.

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