Morte de elefantes na Malásia: o governo esconde a causa

Um filhote de elefante toca, com sua tromba, a cabeça de sua mãe que está deitada no chão. Foto: picture alliance / dpa (© picture alliance / dpa)

29 de mar. de 2013

Obviamente o governo malaio esconde a causa da morte dos elefantes. No início do ano encontrou-se uma manada morta de 14 dos ameaçados elefantes pigmeus de Bornéu na floresta tropical de Sabah. O governo ordenou uma análise laboratorial das amostras de tecidos e órgãos mas dois meses depois ainda não foram apresentados nenhuns resultados.

Evidentemente as análises têm sido retidas, provavelmente porque forneceriam conclusões demasiado claras quanto aos autores, àqueles que estão por trás deles e aos motivos. Assim, os políticos querem evitar novos protestos e esperam que a morte dos elefantes seja logo esquecida.

Mas de maneira nenhuma isto representa um caso único: na Malásia cerca de uma dúzia de elefantes pigmeus de Bornéu é envenenada cada ano (veja Poisoning of elephants nothing new). Mas a morte de indivíduos normalmente não é muito atendida e não está nas manchetes da mídia.

Nas plantações de óleo de palma que foram estabelecidas na floresta tropical, os animais comem as frutas dos dendezeiros. Privados de seu habitat e suas fontes de alimentação, eles não tem outras opções. As frutas dos dendezeiros normalmente não fazem parte de seu cardápio.

Os operadores das plantações deixam então eliminar os animais com iscas envenenadas que foram colocadas na floresta. Pois os cadáveres dos animais normalmente são encontrados nas plantações ou à beira delas na floresta. Os 14 elefantes mortos – uma manada inteira – também apresentaram danos nos órgãos e hemorragias no interior de seus corpos, o que é típico de uma intoxicação. Isto foi diagnosticado por veterinários na recolha de tecidos já na floresta.

Entretanto, a polícia consultou os trabalhadores das muitas empresas madeireiras que estão ativas na área de floresta tropical, informa a imprensa local (em inglês). Porém, não se publicou nada sobre os resultados.

Inscreva-se aqui agora para receber a nossa newsletter.

Continue informado e alerta para proteger a floresta tropical, continuando a receber a nossa newsletter!