Manifesto para adesão: O caminho para outro modelo energético climático

5.312 participantes

Apelo

Pedimos a adesão de organizações e grupos à este Manifesto. Podem aderir até o dia 20 de maio completando o formulário que se encontra abaixo. O manifesto também se encontra em: francês, inglês, alemão e espanhol.

(A foto foi tirada do livro “Yasuni green Gold, The amazon fight to keep the oil underground”)

Qualquer organização que queira, pode colaborar ajudando a difundir o Manifesto e fazendo com que este chegue as autoridades uma vez que se tenha recolhido diversas assinaturas, que ficarão registradas neste mesmo link. Em caso de dúvida, favor entraar em contato com: yasuni.europa@gmail.com

23 de março de 2010 Manifesto:

O caminho para outro modelo energético climático. Qual é a contribuição européia à iniciativa equatoriana Yasuní- ITT de deixar o petróleo em baixo do solo? Os governos europeus devem apoiar as melhores iniciativas internacionais integrais de descarbonização da atmosfera, de conservação da biodiversidade global e de troca de matriz energética.

A iniciativa Yasuní-ITT consiste em não extrair o petróleo que se encontra no Parque Nacional Yasuní. O Yasuní é um dos lugares com maior biodiversidade do mundo, com recordes mundiais de anfíbios, répteis, morcegos e sobre tudo arvores. Da abrigo a um considerável número de espécies e endemismos regionais ameaçados. Este paraíso também é território de povos indígenas como os Huaorani, e entre estes os Tagaeri e Taromenane que vivem em isolamento voluntário.

A proposta original de deixar o petróleo em baixo do solo foi construída coletivamente pela sociedade civil por durante muito tempo e foi adotada pelo governo de Rafael Correa desde o começo de seu mandato. Seu significado profundo implica em um chamado a comunidade mundial para se construir uma outra forma de vida. Isso implica em um sacrifício econômico por respeito as comunidades indígenas em isolamento voluntário e em beneficio da preservação de uma inigualável biodiversidade que interessa a toda humanidade. Levando a cabo tal proposta, se estaria deixando de explorar a quinta parte das reservas equatorianas de petróleo. Para isto o governo busca uma compensação no valor de aproximadamente 4000 milhões de dólares ao longo de 12 anos, que seriam usados para fins sociais e para a promoção da transação energética para um modelo de energia limpa. O governo do Equador, aceitaria arcar com a parte principal dos custos financeiros da não extração do petróleo, mas se beneficiaria ao evitar os custosos passivos ambientais e sociais que esta exploração causaria.

No atual contexto pós- Compenhagem de paralisia e incapacidade pra se levantar iniciativas concretas que marquem uma rota de saída aos cenários de crise climática, ecológica e energética, que se apóiem na população mundial e nas próximas gerações, os apoios internacionais dedicados a iniciativa Yasuní- ITT são de vital importância. Apoios que devem aumentar por censo de justiça, quanto mais se tiver contribuído para a geração da divida climática e ecológica histórica com os paises do Sul. A iniciativa Yasuní- ITT não resolverá por si só as crises globais, mas servirá para mostrar o caminho à comunidade internacional para o único enfoque correto: uma sociedade e economia pós petróleo, que caminha para a redução da extração e queima do petróleo, especialmente em áreas do planeta, que são socialmente e ambientalmente frágeis.

Os atores comprometidos com a iniciativa Yasuní-ITT e outras similares se tornarão referencia internacional por adotarem uma postura de atuação integral e concreta em tempos de falta de compromisso real. A iniciativa Yasuní-ITT se caracteriza pelo reconhecimento e restituição da divida ecológica e social que os paises do Norte adquiriram com os paises do Sul, entre outras questões, pelas emissões de gases de efeito estufa muito alem da media mundial. Portanto, não se propõe como Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (créditos de carbono), nem com Ajuda ao Desenvolvimento, nem deve gerar nova divida externa. Propusemos que os fundos que contribuam com a iniciativa Yasuní-ITT provenham da redução de atividades e suspensão de projetos que tradicionalmente tem consumido importantes recursos energéticos fósseis. Estes fundos não devem ser provenientes de troca de dividas. Muito menos deve este apoio e tal iniciativa estarem sujeitos ou vinculados à negociação de nenhum tratado de livre comercio ou equivalentes à nível europeu. Desta maneira, as sociedades que apoiarem a iniciativa Yasuní se converterão de maneira real, tornando-se precursoras de uma nova era pós petroleira.

Pedimos aos governos europeus, liderados pela Alemanha, Espanha e Bélgica, (por terem mostrado sua sensibilidade à esta iniciativa) que contribuam política e economicamente, como co-responsáveis históricos na emissão de gases de efeito estufa na atmosfera e na destruição direta e indireta da biodiversidade global, com esta excelente iniciativa equatoriana que hoje se encontra ameaçada.

Assinam este Manifesto:

A.J.M. “África en el corazón” (España) Acció per un Turisme Responsable (España) ALBA SUD (España)?Ali Supay (España) AMA ASOCIACION INDIGENA DEL PERU (Perú) AMLO TV (México) ASERB ASBL (Asociacion de Ecuatorianos Residentes en Bruselas) (Bélgica) ASOC-Katio (España) Asociación Amigos de los Parques Nacionales (Argentina) Asociación Entrepueblos (España) Attac Madrid (España) Baula – Comités Óscar Romero de Santa Margarida de Montbui (España) BioMindo (Ecuador) Campaña Yasuni Green Gold (Reino Unido) CEDENMA (Ecuador) CENTRO DE ACOGIDA E. BALDUCCI (Italia) Centro de Mujeres Candelaria (Bolivia) Coalition of the Flemish North-South Movement (Bélgica) Colectivo de Trabajo Jenzera (Colombia) COMITE OSCAR ROMERO DE MADRID (España) Comité Solidaridad Africa Negra Pamplona (España) Comunidad Aborigen Hallpa Ñokkayku (Argentina) Confederación Ecologistas en Acción – Ekologistak Martxan – Ecologistes en Acció – Ecoloxistes n’Aición (España) Congregación religiosa (Compañíade Jesús) (España) Cristianos de Base (España) Cristianos por el Socialismo (España) E.R.H.A. Ecologia para el Recurso Humano y el Ambiente (Venezuela) Ecoportal.Net (Argentina) Eine-Welt-Selbsthilfegruppe „Los Andes“ (Alemania) Enginyeria Sense Fronteres (Catalunya) Fundación Pachamama (Ecuador) Iniciativa para el Desarrollo Local (Argentina) Instituto Hegoa (España) México Nación Multicultural – UNAM – (México) MNSS (España) Movimiento Idun (España) Observatori del Deute en la Globalització (Catalunya) ONG Conciencia Solidaria (Argentina) Ongd AFRICANDO (España) PLATAFORMA DE SOLIDARIDAD CON CHIAPAS – OAXACA Y GUATEMALA (España) Prensa Indígena Org (México) Red de Comunicaciones Apachita (Bolivia) Red de Ecologistas Populares (Ecuador) RED ECOFEMINISTA INTERCULTURAL Y SOLIDARIA.REIS (España) Red Mexicana de Acción frente al Libre Comercio RMALC (México) REMSA Rede de Movimientos Sociales (España) Salva la Selva / Rettet den Regenwald (Alemania) Unidad Ecologica Salvadoreña UNES (El Salvador) Uniterre/Via Campesina (Suiza) Rosana Alvarado Carrión, Presidente da Comissão de Biodiversidade e Recursos Naturais da Assembléia Nacional do Equador

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