Belo Monte: O seu lucro destroi a nossa vida

Manifestação contra Belo Monte – os povos indígenas no rio Xingu lutam pelo seu modo de vida
42.185 participantes

Mais de um bilhão de euros serão pagos a empresas alemãs por sua contribuição para a mega-barragen brasileira. Mas ninguém toma a população indígena do rio Xingu em consideração. O projeto irá custar-lhes a sua floresta tropical. Exige das empresas europeias a retirar-se imediatamente da Belo Monte

Apelo

“Recuo de empresas européias do projeto de Belo Monte”

Abrir a petição

A destruição no rio Xingu já começou. Grandes máquinas escavadoras removem o solo fértil que antes alimentou árvores gigantes. Muitas pessoas estão sendo ameaçadas e expulsas e até 40.000 podem perder suas casas.

Belo Monte vai ser a terceira maior usina hidroelétrica do mundo. Mas o projeto não tem nada a ver com energia limpa, porque 600 km² da floresta tropical simplesmente serão inundadas. Devido às enormes quantidades de plantas em decomposição, vão ser liberado muitos gases de efeito estufa.

Os povos indígenas locais lutam pela sua sobrevivência e o seu modo de vida, mas os seus direitos estão sendo violados.

Bilhões de lucros para empresas europeias

Na Europa, a indústria está fazendo muito dinheiro com esta violação de direitos ambientais e humanos. Voith Hydro, um empreendimento conjunto entre as empresas Voith e Siemens, recebeu contratos que valem 443 milhões de Euros. A  Alstom está embolsando 500 milhões, Andritz 330 milhões, Daimler 86 milhões. A companhia de seguros Münchener Rück está recebendo 16 milhões ao longo de um período de quatro anos. 

Grandes Barragens para um grande crescimento económico

Belo Monte deve produzir cerca de 11.000 megawatts – destinado principalmente para a produção de alumínio. O governo brasileiro está forçando um crescimento econômico forte pela expansão das exportações - à custa do seu próprio país.
Belo Monte não é um caso isolado.

Mais de 150 barragens estão previstas para toda a Amazônia. A licença de construção de cinco barragens hidroeléctricas no Rio Tapajós deverá ser emitido no próximo ano. E em todos os casos as corporações européias gostariam de participar financeiramente.

Por favor, solicite das empresas europeias a recuar da barragen de Belo Monte e outros projetos anti-éticos.

Mais informações

A Comissão Mundial de Barragens começou com o seu trabalho no maio de 1998, depois  que o protesto contra os impactos negativos das grandes barragens aumentou depois que  o Banco Mundial foi criticado por causa do financiamento de barragens. Comissão era composta de acadêmicos, críticos do projeto e representantes da empresa. Tarefa da Comissão era:

a) verificar a eficácia de grandes barragens no processo de desenvolvimento e avaliar alternativas para o uso de recursos hídricos e energéticos e
b) desenvolver critérios internacionalmente aceitáveis para a concepção, construção e operação de barragens. Estes foram apresentados em Novembro de 2000 num relatório.
Estes incluem, entre outras coisas:
- obter a aceitação do público
- uma revisão completa das opções
- melhorar o proveito das barragens existentes
- a preservação dos rios como modo de subsistência
- o reconhecimento de direitos e repartição dos benefícios
- o cumprimento de compromissos e acordos
- o compartilhamento dos rios em favor da paz, do desenvolvimento e da segurança

Esta ação é apoiada por uma coalizão das seguintes organizações:

-Salve a Floresta

-GegenStrömung (ContraCorrente)

- Centro de Pesquisa e Documentação Chile-Latinoamérica e.V. (FDCL)

- Sociedade para Povos Ameaçados e. V.

- KoBra e.V.

- Incomindios

- POEMA e. V.

- Urgewald e. V.

- Regenwald Institut e. V. (Instituto Floresta Tropical)

- Campo Limpo, Solidariedade com o Brasil e.V.

- Iniciativa Brasil Freiburg e.V.

- Grupo de trabalho do internacionalismo da IG Metall, Berlin

- GRÜNE LIGA e.V. (Liga Verde)

- Survival International e. V.

Carta

Para a gestão da Voith Hydro, Siemens, Alstom, Andritz, Daimler e Münchener Rück

Prezado Senhor Doutor Münch, prezado Senhor Löscher, prezado Senhor Wittke, prezado Senhor Leitner, prezadoSenhor Doutor Zetsche, prezado Senhor Doutor von Bomhard,

Estou profundamente preocupado com o impacto devastador da barragem de Belo Monte. Como todos vocês estão participando deste projeto, também são responsáveis.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT), descobriu em março de 2012, que os direitos das pessoas indígenas estão sendo violados. O projeto da barragem Belo Monte está privando os habitantes da área de Altamira e da Volta Grande do Xingu da sua subsistência. Com este projeto da construção, o Brasil está violentando várias leis nacionais e internacionais.

Por causa disso, a construção da barragem Belo Monte não pode ser considerada como contribuição para a gerar energia limpa. Pelo contrário: a destruição da floresta tropical (causada pela construção em si, e também devido à exploração madeireira ilegal por migrantes) acelera o aquecimento global. A Amazônia é um dos ecossistemas mais sensíveis do mundo e tem um efeito estabilizador sobre o clima global. Destruí-lo causa danos irreversíveis e mostra a negligencia dos direitos das gerações futuras.

Antes da decisão em favor de Belo Monte não foram testados alternativas de política energética de menor impacto. Nós pedimos que as suas empresas recuam do projeto de Belo Monte. Para salvar a boa reputação de suas empresas, deveriam cumprir as normas ambientais internacionais e proteger os direitos humanos. Além disso deveriam estabelecer diretrizes apropriadas, como realização de pesquisas ambientais e sociais que excluem a participação em projetos destrutivos como Belo Monte no futuro. O cumprimento das recomendações da Comissão Mundial de Barragens deve ser um requisito mínimo para projetos de barragens.

Com os melhores cumprimentos

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